CERVEJA
''Não sei quantas garrafas de cerveja consumi esperando que as coisas melhorassem. Não sei quanto vinho e uísque e cerveja, principalmente cerveja consumi depois de rompimentos com mulheres. Esperando o telefone tocar. Esperando o som dos passos, e o telefone nunca toca antes que seja tarde demais e os passos nunca chegam antes que seja tarde demais. Quando meu estômago já está saindo pela boca elas chegam frescas como flores de primavera: "Mas que diabos você está fazendo? Vai levar três dias antes que você possa me comer!“ A mulher é durável, vive sete anos e meio a mais que o homem, bebe pouca cerveja porque sabe como ela é ruim para a aparência. Enquanto enlouquecemos elas saem, dançam e riem com caubóis cheios de tesão. Bem, há a cerveja, sacos e mais sacos de garrafas vazias de cerveja e quando você pega uma, as garrafas caem através do fundo úmido do saco de papel rolando, tilintando, cuspindo cinza molhada e cerveja choca, ou então os sacos caem às 4 horas da manhã produzindo o único som em sua vida. Cerveja, rios e mares de cerveja, cerveja, cerveja, cerveja. O rádio toca canções de amor enquanto o telefone permanece mudo e as paredes seguem paradas e estáticas, e a cerveja é tudo o que há.''
— Charles Bukowski.
podereso trecho!
ResponderExcluirBukowski é demais.
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